quarta-feira, 14 de maio de 2014

O que é o amor?

Talvez seja fácil responder essa pergunta, quem sabe eu sei? Talvez não deveria haver a necessidade de se dissertar tanto sobre, ou que uma boa resposta estivesse na ponta de língua de cada um. Por que seria tão fácil?
Quem, dentre nós seres humanos sabe e pode dizer o que é o amor ou o que é amar? Acho que ninguém! Ninguém por causa de excessos, por causa de futilidades, por causa de rótulos, do consumismo que barbariza um sentimento por lucro, por causa do ciúmes, da possessão, porque tentaram fazer com que soubéssemos amar. Se eu tenho fé no amor? Sim, o de Jesus por nós. Se eu acredito que somos capazes de honestamente sentir algo tão puro? Talvez, há aqueles quem não sinta nem pelos filhos e nem os filhos pelos pais, portanto não duvido. 
Contudo, o amor ficou ridicularizado pela mídia, confuso pela mistura de paixões, fanatismo ou simplesmente tesão. O amor virou clichê, caiu na boca do povo e ano após ano ou mês a mês cada um de nós tem um amor diferente. Não por desilusões ou não só por isso eu simplesmente me tornei indiferente em relação a todo e qualquer tipo de sentimento, não possuo um vácuo dentro do peito, mas também não me importo se tiver um, entretanto, é cansativo quando vivenciamos demais uma coisa, fazemos demais, observamos demais e no fim fizeram com que perdêssemos o foco no verdadeiro significado do que pode ser o Amor, cujo, o princípio maior era de que nos respeitássemos, nos uníssemos diante de um bem comum, que fossemos então civilizados, possuindo assim uma fé inquestionável no Pai e que criássemos sim, nossos próprios laços familiares e círculos de amizades tanto quanto além, que fosse de fato algo sincero, honesto e que nesse mundo impossível.
Hoje o amor é por um clube de futebol, é pelo cantor pop ou uma marca de roupa pois aquele sentimento que era inexplicável e invisível tomou forma, ganhou um preço e está a venda entre muitas lojas de inúmeros setores, talvez até devêssemos chamar o amor de demanda. Concordo que existem variáveis, a paixão, a idolatria, o carinho, a preocupação e muitas outras também são formas ou podem ser formas de se amar, mas jamais na proporção que se tornou. O amor virou desculpa pra fugir das consequências pela irresponsabilidade das pessoas. 
Só creio no amor de Deus, na nossa mãe Maria, no sacrifício do nosso mestre Jesus que tentou nos passar através dos teus ensinamentos como deveríamos agir, perdoa-nos senhor! Creio que independente de nossas barbaridades, dos nossos defeitos, Deus é o único capaz de nos amar, nos aceitar e definitivamente nos perdoar. "Amar a Deus sobre todas as coisas, e amar ao próximo como a si mesmo". Essa é a lição que devemos aprender, temos de excluir tudo o que é supérfluo, temos de inverter os valores, tudo o que sabemos sobre o amor não é o verdadeiro sentido do que deveríamos demonstrar
Por fim, literalmente o amor é algo que abala com nossos corações e muitas vezes nos tornamos irracionais, ele é maior que nosso ego e não está sujeito ao nosso controle, ele é difícil e duradouro mas ao final se torna um aprendizado, uma experiência ímpar e merecedora de todo nosso desgaste como há quem diga que é para sempre, porém o para sempre não está naquilo que vivemos rotineiramente, ele é o que mantemos em nossos corações, é o fruto do que alimentamos dia após dia, ele se torna uma lembrança, se demonstra em sorrisos, lágrimas, ele é uma escolha. 
Um dia chegaremos lá.